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Reconhecimento internacional: Espírito Santo é livre de febre aftosa sem vacinação

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu, nesta quinta-feira (29), em Paris, na França, todo o território brasileiro como livre de febre aftosa sem vacinação. A conquista assinala mais uma etapa fundamental na execução do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), que vem sendo conduzido, no Espírito Santo, pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e outros integrantes da Equipe Gestora Estadual (EGE/ES). 

Representantes do Idaf e do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (Fepsa-ES) integraram a delegação capixaba no evento.

O diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, destaca que esse é um momento de comemorar o resultado de uma trajetória de mais de cinquenta anos. “Agradecemos a todos os profissionais que atuaram desde o início para a erradicação da doença, com dedicação e comprometimento, e também aos produtores rurais que cumpriram com as exigências que foram sendo pactuadas. Tivemos o último caso de febre aftosa registrado no Estado em 1996 e, desde então, o Serviço Veterinário Oficial vem desenvolvendo um trabalho de excelência, sendo inclusive referência para outros Estados. Precisamos agora manter o compromisso com as pactuações estabelecidas por meio do PNEFA para manter esse status e, com isso, valorizar ainda mais a pecuária capixaba”, disse.

De acordo com o diretor técnico do Idaf, Eduardo Chagas, o reconhecimento internacional amplia as possibilidades de comercialização para os estabelecimentos produtores. “O Espírito Santo tem um sistema robusto de vigilância e controle sanitário, que, juntamente com o setor produtivo, nos permitiu chegar a esse patamar, conferindo aos produtores a oportunidade de ampliar mercado e renda e fortalecer o setor de proteína animal. É importante que todos os segmentos permaneçam caminhando juntos para garantir a manutenção desse novo status sanitário obtido”, alertou Chagas.

Segundo o gerente de defesa sanitária e inspeção animal do Idaf, Raoni Cezana Cipriano, é importante pontuar que o avanço é relevante, porém o alerta precisa ser mantido. “A febre aftosa ainda é uma realidade, por isso devemos manter a vigilância. O Serviço Veterinário Oficial seguirá atuando nas fiscalizações e também é fundamental que os produtores estejam atentos para notificarem qualquer sintoma suspeito em seu rebanho e, ainda, que estejam regulares nas campanhas de atualização cadastral de rebanho. Essa base de dados atualizada garante a rastreabilidade e o conhecimento do cenário local, possibilitando uma ação rápida e precisa em caso de algum foco da doença”, destacou Cipriano.

Para o presidente do Fepsa-ES, Neuzedino de Assis, a participação do setor privado e das entidades representativas foi fundamental. “A agilidade nas ações emergenciais e a expertise técnica sempre foram fundamentais para o Fundo, e vale destacar a atuação do médico-veterinário Antônio Carlos Souza, cuja dedicação de mais de cinquenta anos no combate à aftosa, evidencia o compromisso com a excelência nesse trabalho. Tenho orgulho de ter participado de todo o processo para essa conquista, com a contribuição essencial das outras instituições ligadas ao setor e dos gestores anteriores que conduziram tanto a implementação quanto a gestão do Fepsa-ES”, explicou Assis.

Entenda a trajetória no Espírito Santo

1971 – criação do Grupo Executivo de Combate à Febre Aftosa (Gecofa)

1974 – criação da Empresa Espírito Santense de Pecuária (Emespe)

1996 – estruturação do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf)

2022 – último ano com campanha de vacinação

2025 – reconhecimento internacional de livre de febre aftosa sem vacinação

 

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